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Ancestrais 30 - Manoel da Silva Ribeiro e seus descendentes

Foto do escritor: Thiago Gonçalves de LinsThiago Gonçalves de Lins

Atualizado: 10 de ago. de 2023

A família Silva Ribeiro nos Campos da Costa da Serra


Nesse trigésimo capítulo - Ancestrais 30 - irei escrever sobre os ancestrais da família Silva Ribeiro no topo da Serra Catarinense.


Campos da Costa da Serra, Bom Jardim da Serra, Santa Catarina / Foto: Dario Lins


A história da família Silva Ribeiro no Sul do Brasil tem início com a chegada do português Manoel da Silva Ribeiro. Não temos uma data precisa, mas foi aproximadamente entre o final da década de 1730 e início de 1740.


Manoel era natural de Atei, uma freguesia do município de Mondim de Basto na região norte de Portugal. Era filho de Domingos da Silva Ribeiro e Leonor Domingas Pereira.


Após sua chegada - provavelmente em Laguna - se deslocou para o que viria a ser alguns anos depois a Capitania do Rio Grande de São Pedro, fixando-se em Santo Antônio da Patrulha nas margens do recém aberto Caminho do Viamão.


Em 1749 contraiu matrimônio com Maria Bernardes do Espirito Santo e pouco tempo depois, "entre 1755 e 1765, Manoel requereu a Fazenda do Pelotas, localizada na região do hoje município de Bom Jardim da Serra, uma das maiores da Comarca de Lages à época, com 450 milhões de metros quadrados, aonde chegou acompanhado de dois filhos, Ignácio e Pedro da Silva Ribeiro" (SCHNEDIER, 2013).


Em vermelho (destacado) é o local aproximado da Fazenda do Pelotas

[1] Bom Jardim da Serra / [2] Fazenda do Socorro / [3] Fazenda Faxinal

Em azul (direita, linha mais grossa) o Rio Pelotas; em azul (esquerda) o Rio Porteira


"Dizem que o primeiro morador destas terras de tigres e bugres de gado alçado muito brabo, depois dos Jesuítas e seus índios missioneiros, foi um homem valente que veio do Rio Grande do Sul, Manoel da Silva Ribeiro, conseguiu não sei quando a sesmaria do Pelotas, cerca de 450 milhões de campo, todo esse canto do Rio das Contas, Pelotas, Rio Baú e Serra Geral. Até que passava o Pelotas pelo lado da Varginha. Isso há muitos anos. Foi tudo sendo dividido" (DALL'ALBA, 1994 apud FIGUEIREDO, 2018).


Em Lages Manoel foi Juiz Ordinário em 1772 e presidiu as sessões da Câmara entre os anos de 1775 e 1778. Faleceu com aproximadamente 90 anos de idade em 4 de outubro de 1802.


Registro de óbito realizado pelo padre Bartolomeu Lopes de Azevedo. Manoel morreu de um tumor e foi enterrado dentro da Igreja Matriz por ser da Irmandade de Nossa Senhora dos Prazeres


A SEGUNDA GERAÇÃO: PEDRO DA SILVA RIBEIRO


Manoel da Silva Ribeiro e Maria Bernardes do Espirito Santo tiveram onze filhos, entre eles, Pedro da Silva Ribeiro, o primogênito - meu sexto avô.


Pedro nasceu em 1746 em Viamão no Rio Grande do Sul e veio com seu pai para a Costa da Serra - região dos Campos de Altitude entre os municípios de São Joaquim e Bom Jardim da Serra - na década de 1760.


Casou com Anna Maria de Saldanha no dia 21 de janeiro de 1776 na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres em Lages.


Registro de casamento de Pedro e Anna realizado pelo padre Ignácio Alz. Machado em 1776


"Pedro era uma personalidade em sua época, fazendo, às vezes, o papel de médico, pois como não havia desses profissionais na Vila... recorriam a ele, em caso de doença grave, pois tinha prática e inteligência do conhecimento de moléstias" (COSTA, 1982 apud SCHNEIDER, 2013).


Conforme dados dos maços populacionais de Lages, em 1801 Pedro marcava anualmente cerca de 30 cabeças de gado, 30 cavalos e 16 muares. Possuía também rebanho de ovelhas.


Pedro foi vereador em Lages e Juiz Ordinário nos anos de 1784, 1789, 1794 e 1797. Além de fazendeiro e "médico", era militar, "chegando a ser capitão, tendo servido ao Governo Português por pelo menos 30 anos" (SCHNEIDER, 2013). Em 1810 a famosa Rua de Baixo (atual Rua Correia Pinto) em Lages possuía apenas 30 casas e segundo a pesquisadora e escritora Ismênia Ribeiro Schneider, Pedro era proprietário de uma delas.


No dia 3 de abril de 1822, com aproximadamente 76 anos de idade, fez seu testamento, declarando possuir a Fazenda Mangueira com o total de 110 animais entre gado e cavalos. Declarou também possuir algumas casas em Lages.


O Capitão Pedro da Silva Ribeiro faleceu em 1835 aos 90 anos de idade.


A TERCEIRA GERAÇÃO: EUGÊNIO DA SILVA RIBEIRO


Pedro da Silva Ribeiro e Anna Maria de Saldanha tiveram quinze filhos, entre eles, Eugênio da Silva Ribeiro - meu quinto avô e irmão gêmeo de Antônio da Silva Ribeiro. Eugênio foi batizado no dia 22 de maio de 1793 na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres.


Registro de batismo de Eugênio realizado pelo padre Manuel Francisco Cruz


Não consegui localizar até o momento mais nenhum registro dele. Em certidões de casamento dos filhos é citado que sua esposa era Feliciana Maria de Jesus. O registro de batismo do filho Pedro, traz apenas o nome da mãe, e citado como pai incógnito. Ao que tudo indica, Eugênio e Feliciana não eram casados religiosamente.


Com uma descendência bem confusa e complicada de ser rastreada, consegui localizar quatro filhos do casal, sendo um deles, Manoel da Silva Ribeiro - meu tetravô.


Em certidão de 1858 é citado que Feliciana já era falecida. Sobre o Eugênio não consegui localizar a certidão de óbito. Provavelmente faleceu na região de São Joaquim entre as décadas de 1860 e 1870.


A QUARTA GERAÇÃO: MANOEL DA SILVA RIBEIRO, O "NÉZINHO"


Sendo a descendência de Eugênio da Silva Ribeiro difícil de ser rastreada, consegui localizar apenas cinco filhos, entre eles, Manoel da Silva Ribeiro - meu tetravô.


Manoel nasceu por volta de 1827 na região do topo da Serra, entre os municípios de São Joaquim e Bom Jardim da Serra. Casou em princípios da década de 1850 com Emiliana Maria Gonçalves de Lima.


Assim como seu pai, Manoel tem poucos registros. Os que consegui localizar são de batismo, casamento e óbito dos seus filhos.


O blog GENEALOGIA SERRANA DE SANTA CATARINA (clique aqui) disponibiliza excelente pesquisa sobre as famílias pioneiras na região de São Joaquim. Sobre a fundação da cidade, o blog cita que: "Estiveram presentes e assinaram a Ata de Fundação de Freguesia, no dia 1º de abril de 1873, constando o nome, a região do domicílio e as cotas com que contribuíram para a construção da Igreja".


Manoel da Silva Ribeiro doou 5$000 (cinco contos de réis) para a construção da Igreja


Como podemos ver, a região onde Manoel residia era no Bom Sucesso - hoje, pertencente ao município de Urubicí, na margem Norte do Rio Lavatudo.


Em vermelho (destacado) é a região do Bom Sucesso / 1. Urubicí, na época distrito de São Joaquim


Um fato curioso sobre o casal Manoel da Silva Ribeiro e Emiliana Maria Gonçalves de Lima é o sobrenome dos filhos. Eles juntaram o Ribeiro com o Lima. Meu trisavô chama-se Manoel Ribeiro de Lima.


Sobre o registro de óbito do Manoel, ainda não localizei! O mais próximo que encontrei foi a certidão de matrimônio do seu filho Abel, de 25 de junho de 1898. A certidão cita que Manoel já havia falecido. Provavelmente ele faleceu entre os anos de 1893 e 1898 em São Joaquim.



Minha ascendência na Família Silva Ribeiro:


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