Ancestrais 26 - Angelo Cambruzzi
- Thiago Gonçalves de Lins
- 3 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 18 de mar. de 2023
A família Cambruzzi em Urussanga
Nesse vigésimo sexto capítulo - Ancestrais 26 - irei escrever sobre o meu bisnonno Angelo Cambruzzi que imigrou para o Brasil em 1892 - ele tinha 8 anos de idade.

Igreja de São Miguel, Belvedere, Urussanga / Foto: Eduardo Lorenson
Fonzaso, Itália, início da década de 1890. A velha bota vivia dias difíceis com desemprego a níveis alarmantes, gerando fome e miséria. Diante de tal situação, Antônio Giovanni Cambruzzi viu na imigração para o Brasil uma forma de tentar proporcionar uma vida menos turbulenta para a família.
Nessa época, Angelo Cambruzzi era um bambino. Ele nasceu no dia 15 de março de 1884 na comuna de Fonzaso, Província de Belluno, região do Vêneto. Era o segundo filho de Antônio Giovanni e Maria Domenica Vigna.

Certidão de nascimento de Angelo Cambruzzi. É citado que seus pais moravam na Via Pozzo, número 383 em Fonzaso
Bisnonno tinha 8 anos de idade quando desembarcou com seus pais e três irmãos no Brasil. Penosa deve ter sido a viagem de aproximadamente 30 dias pelo Oceano Atlântico! No Brasil, a família Cambruzzi foi encaminhada para Urussanga na Colônia Nova Veneza.
Angelo cresceu e casou com a também imigrante italiana Giovanna Agostina Lorenzi. A celebração aconteceu no dia 20 de abril de 1907 na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição em Urussanga.

Registro de casamento de Angelo Cambruzzi e Giovanna Agostina Lorenzi realizado pelo padre Luiz Gilli
Entre os doze filhos do casal está Albina Maria Cambruzzi, minha querida Mammama. Albina casou em 1929 com Rinaldo Scotti e os dois fixaram residência em Bom Retiro - distante 180 km de Urussanga.
A partir de meados da década de 1920, Angelo ingressou nos serviços de abertura de estradas. Trabalhou em diversas cidades de Santa Catarina, assim como em Palmas no Paraná (ver foto no final da post) no ano de 1932. Conforme informações de Ivo Cambruzzi, Angelo e alguns dos filhos também trabalharam no Rio Grande do Sul, onde consta que, bisnonno encontrou um primo. A passagem por Veranópolis foi triste, tendo falecido o seu filho Giovanni Rizieri em 1949.
Tia Helena certa vez me contou: "tenho lembrança de duas vezes ter visto o vô Angelo no Costão do Frade (Bom Retiro). A primeira vez foi no final da década de 1940 e a outra no meu casamento em 1954". Tia Helena ainda relatou que na primeira vez Angelo veio acompanhado da esposa Agostina. A viagem era feita no lombo de mulas através da Serra do Rio do Rastro.

Serra do Rio do Rastro, Lauro Müller e Bom jardim da Serra, Santa Catarina / Foto: Raphael Ribeiro Silva
Na segunda passagem de Angelo por Bom Retiro, Tia Helena relatou que ele veio sozinho. Juntamente com seu genro Rinaldo, passaram alguns dias visitando parentes, entre eles, seu cunhado Hermínio Lorenzi. Antes de retornar para Urussanga, Angelo convidou todos para a festa de 50 anos de casamento que aconteceria em 20 de abril de 1957.
Bisnonno seguiu viagem e mal sabia ele que viria a falecer no dia 9 de setembro de 1956, antes de poder completar as bodas de ouro. Agostina faleceu dois anos depois em 20 de outubro de 1958. Seus corpos estão sepultados no Cemitério Público de Urussanga.



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