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Ancestrais 2 - José Gonçalves Lins

  • Foto do escritor: Thiago Gonçalves de Lins
    Thiago Gonçalves de Lins
  • 7 de jul. de 2022
  • 5 min de leitura

Atualizado: 30 de set. de 2023

O primeiro catarinense, serrano e lageano dos Gonçalves Lins


Nesse segundo capítulo - Ancestrais 2 - irei escrever sobre o meu tetravô José, o quarto filho de Izidoro Gonçalves Lins e Felicidade Maria do Espirito Santo.


Monumento: O Tropeiro, Lages, Santa Catarina / Foto: TripAdvisor


Izidoro Gonçalves Lins era Lapeano e na década de 1820 se estabeleceu na Coxilha Rica em Lages. Foi na Princesa da Serra que casou e nasceram seus filhos. José Gonçalves Lins, o quarto dos oito filhos, é, portanto, o primeiro catarinense, serrano e lageano da minha linhagem dos Gonçalves Lins!


José nasceu em fins de 1834 ou início de 1835. Os livros de batismo da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres (Lages) disponíveis no FamilySearch estão incompletos e faltando os anos entre 1834 e 1836, certamente o período que compreende o seu batismo.


Aos 21 anos de idade, no dia 7 de maio de 1856, casou-se com Innocencia Barbosa da Silva na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres.


Casamento realizado pelo padre Antonio Luiz Esteves de Carvalho no dia 7 de maio de 1856 na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos

Prazeres em Lages


O fato é que não existe registros de filhos entre o casal. Relatos familiares dão conta que Innocencia era estéril - informação que precisa ser confirmada. "Normal" na época, José, mesmo casado, teve a continuação do seu nome com Maria Maciel Barboza - ela seria prima de Innocencia. Entre os doze filhos do casal, está meu trisavô Aureliano Gonçalves Lins.


Analisando algumas certidões consegui verificar que José e Maria Maciel moravam no Cajurú na Coxilha Rica em Lages, enquanto Innocencia trabalhava como caseira na Fazenda Sepultura no Canoas em Bom Retiro - onde faleceu em 1892. Isso mostra que ambos eram casados apenas no papel, não viviam juntos. Talvez algum dia eu encontre respostas ou quem sabe, nunca!


Certamente após o falecimento de Innocencia, José casou-se com Maria Maciel, pois, todos os registros citam os dois como casados - ainda estou procurando a certidão.


Izidoro passou a vida envolvido com o comércio de tropas. José herdou a habilidade do seu pai e seguiu na vida tropeira, se aventurando pelos Campos de Cima da Serra: um biriva! Me foi relatado que os netos o chamavam de "vô Zeca Biriva"!


"Encontrei bastante referências aos birivas como "povo do mato", principalmente em menções referentes aos ditos pelos gaúchos da campanha. Pois bem sabemos que o pampa é um campo aberto, enquanto os campos de cima da serra são regiões de relevo mais acidentado e com mato fechado. Vale salientar que o termo biriva, não era usado de forma pejorativa. Era honroso ser chamado de biriva justamente por serem campeiros corajosos, destemidos e que faziam um serviço muito puxado" (QUEM FORAM OS BIRIVAS TROPEIROS? - LINHA CAMPEIRA).


Mapa dos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul com destaque para os Campos de Cima da Serra

Fonte: J.O.A Amarante: A grife do Vinho, do Gim e do Queijo

Adaptação: Thiago Gonçalves de Lins



Pelas pesquisas e informações recebidas, meu bisavô Celestino conheceu o seu avô Zeca Biriva, pois, ele faleceu após 1905. Nessa época, meu bisavô estava com 15 anos de idade.


Na busca pelo registro de óbito, encontrei algumas informações no óbito do seu filho Marcilio em 1935:


Trecho do registro de óbito de Marcilio Gonçalves Lins (19 de fevereiro de 1935) e a informação de que José Gonçalves Lins e sua esposa Maria Maciel Barboza faleceram em Capão Alto


O distrito citado no registro acima é o município de Capão Alto. A localidade da Vigia foi lugar da residência de alguns dos filhos de José e Maria Maciel. Durante o século XIX, no auge do tropeirismo, dali partiam caminhos secundários que chegavam até Campo Belo do Sul e Campos Novos. Do Cajurú, local da chegada de Izidoro e do nascimento de José até a Vigia são poucos quilômetros de distância.


Mapa destacando parte da Coxilha Rica entre Lages e Capão Alto

Em marrom (direita) o Caminho do Viamão; em marrom (esquerda) um ramal do Caminho das Tropas sentido Campo Belo do Sul; em azul, o percurso do Rio Pelotinhas

[1] Cajurú/Taipas, Lages: local do nascimento de José Gonçalves Lins

[2 e 3] Localidades de Borel (Lages) e Escurinho (Capão Alto)

[4] Vigia, Capão Alto

[5] Cemitério de Vacas Gordas, Capão Alto


José faleceu na primeira década do século XX (entre 1905 e 1908) e seu corpo possivelmente está sepultado no Cemitério de Vacas Gordas em Capão Alto. Sua esposa Maria Maciel Barboza viria a falecer na década seguinte.


A busca pela certidão de óbito continua!



Descendência

______________________



José Gonçalves Lins nasceu provavelmente no primeiro mês do ano de 1835 na Coxilha Rica (Cajurú) em Lages, Santa Catarina. Era filho de Izidoro Gonçalves Lins e Felicidade Maria do Espirito Santo. Casou com Innocencia Barboza da Silva em 7 de maio de 1856 e em segunda núpcias por volta de 1893 com Maria Maciel Barboza. Era tropeiro Biriva. Faleceu por volta de 1906 em Capão Alto, Santa Catarina.


Izabel Maciel de Oliveira, nasceu em 7 de abril de 1851 em Lages/SC. Teve ao menos três filhos. Faleceu em Lages/SC em data ignorada.


Galvão Gonçalves Lins, nasceu no início de 1853 em Lages/SC. Casou com Procópia Maria de Chaves em 23 de dezembro de 1874. Após o falecimento da esposa em 1922, passou a viver com Maria Theodora de Souza. Faleceu em 30 de setembro de 1934 em Campo Belo do Sul/SC.


Aureliano Gonçalves Lins, nasceu no inverno de 1855 em Lages/SC e foi batizado em 4 de agosto de 1859. Casou com Maria das Dores Diogo em 3 de maio de 1886 na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres. Faleceu por volta de 1925 em Campo Belo do Sul/SC.


Amélia Maria Maciel, nasceu aproximadamente no ano de 1857 em Lages/SC. Casou em 15 de abril de 1872 com Henrique Francisco Alves. Faleceu em Painel/SC em data ignorada.


Silvina Maria Barboza, foi batizada em 30 de agosto de 1860 na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres em Lages/SC. Casou em 29 de setembro de 1872 com José Joaquim de Oliveira. Faleceu em Lages/SC no início da década de 1900.


Manoel Gonçalves Lins, nasceu no mês de junho de 1861 em Lages/SC. Casou em 10 de dezembro de 1887 com Elisa Rodrigues de Barros. Faleceu por volta de 1908 em Campos Novos/SC.


Marcilio Gonçalves Lins, nasceu no mês de março de 1863 em Lages/SC. Casou em 14 de fevereiro de 1890 com Maria Antônia do Nascimento. Faleceu em 19 de fevereiro de 1935 em Capão Alto/SC.


Margarino Gonçalves Lins, foi batizado em 4 de dezembro de 1865 na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres. Faleceu em Lages/SC em data ignorada.


Honorata Maria Barboza, nasceu em 6 de abril de 1866 em Lages/SC. Casou com Joaquim Bueno de Oliveira em 31 de julho de 1883. Faleceu em Lages/SC em data ignorada.


Angelina Maria Barboza, nasceu em 3 de dezembro de 1867 em Lages/SC. Casou com Manoel Ignácio do Nascimento. Faleceu em Painel/SC em data ignorada.


Emília Maria Barboza, foi batizada em 24 de maio de 1870 na Igreja Matriz Nossa Senhora dos Prazeres. Casou em 27 de junho de 1902 com Firmino da Silva Barros. Faleceu em 10 de novembro de 1906 em Lages/SC.


Ramiro Gonçalves Lins, nasceu aproximadamente no ano de 1871 em Lages/SC. Casou em 4 de dezembro de 1894 com Emília Maria da Silva Baptista. Faleceu em Ponta Alta/SC em data ignorada.



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Foto de capa: Monumento: O Tropeiro, Lages, Santa Catarina

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